Associação Brasileira de Filosofia e História da Biologia

 

“Filosofia e História da Biologia”

 

Edição impressa: ISSN 1983-053X

Edição eletrônica: ISSN 2178-6224

Associação Brasileira de Filosofia e História da Biologia
Apresentação Edições Equipe Normas Aquisição Busca

Filosofia e História da Biologia


"A Comissão Geológica do Império e os crinoides fósseis do Museu Nacional/UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil"
Antonio Carlos Sequeira Fernandes, Sandro Marcelo Scheffler
Filosofia e História da Biologia, v. 9, n. 2, p. 121-139, 2014.

artigo em formato PDF

Resumo: Até meados do século XIX, o Brasil carecia de comissões de estudos nacionais que procedessem à exploração do território para conhecimento de seus recursos geológicos, particularmente na região Norte do país. Expedições norte-americanas como a Expedição Thayer, em 1865, e as Expedições Morgan, em 1870 e 1871, coletaram informações e amostras variadas que, com poucas exceções, não permaneceram no Brasil. Em 1875 foi criada a Comissão Geológica do Império que, sob o comando de Charles Frederick Hartt, durante dois anos percorreu diversas localidades do território brasileiro, particularmente das regiões Nordeste e Norte, coletando enorme acervo geológico posteriormente incorporado ao Museu Nacional. Nesse acervo havia um significativo número de amostras de idade devoniana com fósseis de crinoides que apenas foram brevemente citados nos primeiros trabalhos sobre a geologia da região. Seu valor científico para o entendimento da geologia da região Norte somente passou a ser reconhecido mais de cem anos depois, na década de 1980. A grande diversidade de crinoides nessas rochas foi revelada a partir do século XXI, os trabalhos ressaltando sua identificação. As amostras coletadas pela Comissão compõem atualmente grande parte do acervo de crinoides fósseis do Museu Nacional, com acentuada importância histórica e científica para o patrimônio paleontológico brasileiro.
Palavras-chave: Comissão Geológica do Império; Museu Nacional; crinoides fósseis

The Imperial Geological Commission and the fossil crinoids of the Museu Nacional/UFRJ, Rio de Janeiro, Brazil

Abstract: Until the mid-nineteenth century, Brazil lacked national commissions of studies to undertake the exploration of the territory to know its geological resources, particularly in the northern region of the country. The U. S. expeditions as the Thayer’, in 1865, and Morgan’, in 1870 and 1871, collected varied information and samples that, with few exceptions, they have not remained in Brazil. The Imperial Geological Commission was created in 1875, under the command of Charles Frederick Hartt. This commission for two years toured various localities of the Brazilian territory, particularly in the Northeast and North regions, collecting huge geological collections subsequently incorporated into the Museu Nacional, Brazil. This collection had a significant number of samples with crinoids fossils of the Devonian age that were only briefly mentioned in the first papers about the geology of the region. The scientific value for understanding the geology of the northern region has been recognized only over a hundred years after, in the 1980s. The great crinoid diversity in those rocks was revealed in the twenty-first century, whit the works of identification. The samples collected by the Commission currently make up a large part of the collection of the National Museum’ fossil crinoids, with sharp historical and scientific importance to the Brazilian paleontological heritage.
Keywords: Imperial Geological Commission; Museu Nacional; fossil crinoids

Para ter acesso aos sumários de todos os volumes da revista Filosofia e História da Biologia, clique aqui.

 Associação Brasileira de Filosofia e História da Biologia (ABFHiB)